Pois é, como já disse, estou fazendo jornalismo na PUC-SP. Estou começando a achar que foi o caminho certo a escolher, apesar de estar achando o primeiro ano um saco.
Chegando na PUC, descobri que sou praticamente uma anomalia genética. Percebi que meus colegas jornalistas não sabem fazer uma mísera conta de matemática, uma mera divisão! Deve ser por isso que eles escolheram passar a vida escrevendo! Sou um dos pouquíssimos seres naquela sala que gosta das fascinantes Ciências Exatas.
Entre 2007 e 2008, me tornei Técnico em Química, um especialista na ciência mais odiada na PUC-SP. Escolhi a Química na minha antiga escola (SALVE À GETÚLIO VÁRZEA!) por ser o curso mais concorrido (sou meio marrento) e por ser fascinado em explosões desde pivete. Após um ano e meio me esforçando em aprender Química Orgânica, Inorgânica, Físico-Química e afins, acabei sendo simplesmente promovido a "aquele menino que sabe fazer as contas e não vai acabar se confundindo em pagar a conta do bar" na facul.
Torço para que essa função de contador seja apenas por enquanto...
Mas, como todos já perguntaram para mim, por que diabos eu escolhi o jornalismo?
Então. Acabei o técnico e acabei fazendo estágio. Cheguei à conclusão de que a Química, teoricamente, é FASCINANTE. Mas há trabalhos nessa área que são uma porcaria - fazia tratamento de efluentes -, individualistas e chatos, em suma. O estágio foi essencial no meu desprendimento da Química prática e na minha escolha de fazer outro curso. Penso em trabalhar com isso até me formar jornalista, pois é melhor do que exercer uma função comum e o piso salarial é um pouquinho maior.
Decidi escolher uma profissão que exigisse exatamente o que eu não encontrei no estágio: contato pessoal; uma profissão que me desse a chance de pelo menos mudar um pouquinho a realidade; uma atividade que, depois de trinta anos, me desse o mesmo tesão para trabalhar. Escolhi o jornalismo!
O problema é que é uma profissão SUPER CONCORRIDA. Poderia estar fazendo Química e ter um futuro brilhante pela frente - mas provavelmente seria um gordo brochão. Tem que ser bom para se dar bem no Jornalismo, mas farei o possível para me sobressair.
Mas penso em nunca largar as Exatas. Meu sonho - e que sonho difícil - é conseguir trabalhar com Jornalismo Científico: misturar o Jornalismo com as Exatas e fazer uma graduação em Física ou Química. Mas como sou muito pé no chão e pragmático, primeiro vou passar de ano!
E vamos ver o que acontece depois...